Dia do(s) Bandeirante(s)
As expedições dos bandeirantes mais famosos partiram do rio Tietê para desbravar o interior do Brasil, e ampliar suas fronteiras, procurar ouro e pedras preciosas e capturar índios.
No final do século XVI, esse movimento se intensificou com a ajuda do Governo-Geral que estimulou a busca de riquezas, oficializando as bandeiras. Os colonizadores, porém, estavam interessados em capturar índios integrantes das missões dos jesuítas, pois esses nativos já estavam habituados ao trabalho agrícola.
Em 1623, partiram tantas bandeiras, que São Paulo se tornou quase um povoado só de mulheres, crianças e velhos.
Em 1624, o governador-geral assinou um decreto que destinava à Coroa a quinta parte dos indígenas capturados gerando protestos por parte dos bandeirantes, visto ser uma atividade econômica altamente lucrativa.
No começo do século XVIII, os paulistas continuaram a avançar pelo sertão. Em 1716, alcançaram as margens do rio Cuiabá, em busca dos índios coxiponés e da lendária serra dos Martírios. Em 1718, deram início às monções, aos descobrirem ouro em Mato Grosso, nas margens dos rios iniciou-se assim, o garimpo com instrumentos rudimentares. Instrumentos mais adequados foram introduzidos por pessoas mais experientes na extração de metal, ajudadas por centenas de aventureiros que saíam de São Paulo para trabalhar junto à bem-sucedida expedição.
Assim surgiram as Lavras do Sutil, depois conhecidas por Minas do Senhor Bom Jesus do Cuiabá, descobertas por acaso pelos índios do arraial de Miguel Sutil, um bandeirante paulista de Sorocaba, que se fixou às margens do rio Cuiabá, para explorar a região. Com essas expedições surgiram os arraiais, as vilas, as cidades.
Muitas bandeiras fracassaram por causa da fome, das doenças e dos ataques dos índios. As que tiveram sucesso conseguiram ampliar o território nacional. A esses bandeirantes se devem, pois, os contornos aproximados do Brasil atual.
Os mais famosos bandeirantes foram homenageados com monumentos e seus nomes colocados nas vias públicas: Fernão Dias, Raposo Tavares, Anhangüera. Contudo, aliada ao heroísmo desses homens, há a cruel atuação de alguns deles na destruição das missões jesuíticas e na captura dos índios.
Hoje, o bandeirantismo é fomentado por uma associação organizada, que existe em quase todos os estados brasileiros e é regulamentada pela Federação dos Bandeirantes do Brasil. Seus integrantes são meninos e meninas, que se comprometem a cumprir várias normas: defender e proteger as plantas e os animais, enfrentar com sabedoria as dificuldades, desenvolver a cidadania, assumir uma atitude responsável e solidária com a comunidade e a natureza. Ou seja, o movimento incentiva os jovens a desenvolver o espírito desbravador e aventureiro dos bandeirantes, para que possam enfrentar os novos desafios sociais do século XXI.
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