“Eu
me quero do jeito que Deus me quer!”
Carlos A. Veit
DEVERÍAMOS APRENDER MAIS COM OS ANIMAIS
Há alguns anos tínhamos
um canil em casa. Uma das matrizes, chamada Rebeca, era uma super mãe! Dava
gosto ver como cuidava dos filhotinhos. Nasciam quatro ou mais filhotes e ela
os tratava da mesma forma, com o mesmo cuidado. Quando já estavam grandinhos,
no entardecer, eu fazia questão de acompanhar ela brincando com eles, os
educando, como uma verdadeira mãe deve fazer com seus filhos.
Relatei tudo isso para
traçar um paralelo com o caso que está comovendo o Brasil: O caso do menino
Henry, que foi, segundo a polícia, covardemente agredido pelo padrasto,
causando o rompimento de órgãos, o que levou a sua morte na última segunda
feira. Talvez se a mãe do pequeno Henry tivesse a oportunidade de aprender um
pouquinho do amor de mãe com a nossa Rebeca, ela não permitiria que isso
acontecesse.
Na entrevista coletiva
logo após a prisão do casal, o delegado responsável pelo caso, relatou que um
dia após o enterro do filho a mãe foi a um salão de beleza, postando inclusive
fotos nas redes sociais, com um semblante incompatível com o de uma mãe que
acabava de perder o filho. Questionado se ela poderia ter sido coagida pelo
padrasto a não revelar as agressões, o delegado foi enfático: “Não vi isso em
nenhum momento. Ela teve inúmeras oportunidades de nos revelar isso. Se eu
tivesse alguma dúvida de ela ter sido coagida, não teria pedido a prisão dela!”
Em uma entrevista, o
pai do menino contou o diálogo que teve com o padrasto enquanto estavam no
hospital, logo após a constatação da morte, quando estavam cuidando dos papéis
para o enterro do corpo do menino. Teria o padrasto falado ao pai: “Vida que
segue. Vamos virar logo essa página! Filho, depois você faz outro!” Revelando a
personalidade doentia desse monstro capaz de agredir até a morte um menino de
apenas 4 anos. Segundo o laudo do IML, a morte do menino foi por uma hemorragia
interna com uma laceração do fígado causada por uma ação contundente.
Na história da
humanidade, a partir da mitologia grega, tivemos Medéia (431 a.C.). Neste mito,
Medéia fora casada com Jasão e tiveram filhos. Após alguns anos seu marido a
trai e pede em casamento uma outra mulher, Creusa. Tomada pela raiva, Medéia
jura vingança contra seu então amado, matando Creusa e seus filhos que tivera
com Jasão.
A polícia teve um
desempenho exemplar nesse caso e que merece nossos aplausos. Agora precisamos
que a justiça puna exemplarmente todos os envolvidos. Enquanto, sociedade,
precisamos mostrar toda nossa indignação! É nossa responsabilidade proteger
nossas crianças.