sábado, 2 de outubro de 2021

Sonho impossível

 

Revista Prosa Verso e Arte

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‘Sonho impossível’ na belíssima voz de Maria Bethânia

Por Revista Prosa Verso e Arte -



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Maria Bethânia - foto: Leo Martins

“Tenho uma espécie de dever de sonhar sempre, pois, não sendo mais, nem querendo ser mais, que um espectador de mim mesmo, tenho que ter o melhor espetáculo que posso. Assim me construo a ouro e sedas, em salas supostas, palco falso, cenário antigo, sonho criado entre jogos de luzes brandas e músicas — visíveis.”

– Bernardo Soares (Fernando Pessoa), do “Livro do Desassossego”. Lisboa: Tinta da China, 2014.


Maria Bethânia recita o trecho acima na introdução à música “Sonho impossível” (versão) de Chico Buarque e Ruy Guerra, para música ‘The impossible dream” de Joe Darion e Mitch Leigh





“Sonho impossível”





Sonhar

Mais um sonho impossível

Lutar

Quando é fácil ceder

Vencer o inimigo invencível

Negar quando a regra é vender

Sofrer a torutura implacável

Romper a incabível prisão

Voar num limite improvável

Tocar o inacessível chão

É minha lei, é minha questão

Virar esse mundo

Cravar esse chão

Não me importa saber

Se é terrível demais

Quantas guerras terei que vencer

Por um pouco de paz

E amanhã, se esse chão que eu beijei

For meul eito e perdão

Vou saber que valeu delirar

E morrer de paixão

E assim, seja lá como for

Vai ter fim a infinita aflição

E o mundo

 vai ver uma flor

Brotar do impossível chão

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depois de muito tempo.....