sábado, 3 de janeiro de 2009

O Amor nunca se perde


Ele era um adolescente que acabara de ser dispensado pela namorada. Durante três anos, eles tinham compartilhado amigos e lugares favoritos.


Agora, no último ano do ensino médio ele estava só. Ele conhecera, durante as férias, um outro garoto pelo qual se apaixonara.


Robson se sentia como a última das criaturas na face da terra. No treino de futebol, ele deixou escapar alguns passes e, pela primeira vez, sofreu várias faltas.


Mal acabou o treino, lhe disseram que deveria comparecer ao escritório do treinador.


"E então, filho? Garota, família ou escola, qual dessas coisas está lhe incomodando?"


"Garota", foi a resposta de Robson. "Como o senhor advinhou?"


"Robson, sou treinador de futebol desde antes de você nascer e todas as vezes que veja um craque jogar como um novato do time reserva, o motivo é um desses três".


Robson lhe falou que estava com muita raiva. Havia confiado na menina, dera a ela tudo o que tinha para dar e o que é que ganhou com isso?


"Boa pergunta". Disse o treinador. "O que foi que você ganhou com isso?"


Tomou de várias folhas de papel e pediu a Robson que pensasse sobre o tempo que passou ao lado da moça. Que listasse todas as experiências boas e ruins que conseguisse lembrar. E saiu, dizendo que voltaria dentro de uma hora.


Robson começou a lembrar. Recordou do dia que a convidou para sair pela primeira vez e ela aceitou. Se não fosse pelo incentivo dela, ele jamais teria tentado uma vaga no time de futebol.


Pensou nas brigas que tiveram. Não lembrou todos os motivos pelos quais brigavam, mas lembrou-se de como se sentia feliz quando conseguiam conversar e resolver os problemas.


Foi assim que ele aprendeu a se comunicar e a buscar acordos.


Lembrou-se também de quando faziam as pazes. Era sempre a melhor parte.


Lembrou-se de todas as vezes que ela o fez sentir-se forte, necessário e especial.


Encheu o papel com a história dos dois, das férias, das viagens feitas com a família, bailes da escola e tranquilos piqueniques a dois.


E, na medida em que as folhas iam ficando escritas, ele se deu conta do quanto ela o ajudara a crescer e a se conhecer melhor.


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depois de muito tempo.....