segunda-feira, 19 de abril de 2010

19/Abril - Dia do Índio e do Exército Brasileiro




19 de abril

Dia do Índio
A população original de índio foi estimada em, aproximadamente, cinco milhões. De acordo com dados do IBGE, hoje, há 358 mil índios em todo o território brasileiro. Embora esse registro aponte para o dobro de seu crescimento em relação à população brasileira, é insatisfatório, pois restaram 215 etnias, das 1.400 existentes, e 180 línguas, das 1.300 faladas antes. Hoje, os índios brasileiros estão espalhados por áreas protegidas pelo governo, as quais são constantemente ameaçadas por posseiros, fazendeiros e exploradores, num aberto desrespeito à legislação vigente. A população dessas sociedades é muito variável; há grupos relativamente numerosos (terenas, ticuna, guaranis, caingangues, ianomâmis e guajajaras) e outros menos numerosos (jumas, aricapus, ofaciés-xavantes, avás-canoeiros), estes seriamente ameaçados de desaparecimento, pois sua população atual é de apenas algumas pessoas. Na década de 1950, a classificação das tribos indígenas seguia o conceito das "áreas culturais", criado pelo antropólogo Eduardo Galvão, que agrupava as culturas por regiões geográficas específicas. No Brasil, foram classificados em 11 áreas culturais: Norte-Amazônica; Juruá-Purus; Guaporé; Tapajós-Madeira; Alto-Xingu; Tocantins-Xingu; Pindaré-Gurupi; Paraná; Paraguai; Nordeste e Tietê-Uruguai. Hoje, essa divisão só é utilizada didaticamente. Cientificamente a divisão que usa a classificação lingüística, utilizando o conceito de "áreas etnográficas", do antropólogo Júlio Cezar Melatti, é a mais correta, pois considera o meio ambiente e a relação do contato social que as tribos estabelecem entre si e com as nacionais, observando as diferenças encontradas no idioma falado, para dividi-las em troncos ou famílias. Foram estabelecidas 33 áreas etnográficas, na América do Sul. No Brasil, foram encontrados os troncos lingüísticos dos povos tupis, jês e aruaques. O primeiro, originou os tupis-guaranis, munducurus, jurunas, ariquéns, tuparis, mondés, rumaramas, e puruborás. O segundo, os camacãs, maxacalis, coroados, cariris e bororos. E o terceiro, menor, os aruaques e aravaques. Todas essas tribos falam, pelo menos, duas línguas e dois dialetos diferentes. As tribos não identificadas como ramificações das acima citadas e que se mantiveram como troncos únicos são os caribes, panos, macus, ianomãs, muras, tucanos, catuquinas, txapacuras, nambiquaras e guaicurus. Além disso, uma minoria que não pôde ser classificada, pois fugiu aos padrões lingüísticos estabelecidos, permaneceu como tronco isolado. Em 19 de abril de 1940, o I Congresso Indigenista Interamericano, reunido no México, instituiu o Dia Pan-Americano do Índio. No Brasil, esse dia foi oficializado graças ao empenho do Marechal Rondon, em 1947. Em São Paulo, passou a ser comemorado apenas em 1951. De origem indígena, Rondon estimulou a criação do Serviço de Proteção ao Índio (SIP), atual FUNAI, cuja responsabilidade é preservar nossa memória cultural e, sobretudo, preservar a cultura indígena. Sua tarefa principal é promover a educação básica dos índios, demarcar, assegurar e proteger as terras por eles tradicionalmente ocupadas, estimular o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre os grupos indígenas, defender as comunidades indígenas, despertar o interesse da sociedade nacional pelos índios e suas causas, gerir o seu patrimônio e fiscalizar as suas terras, bem como impedir as ações predatórias dos aproveitadores e outras que ocorram dentro de seus limites e representem um risco à vida e à preservação desses povos. Iniciativas como essa, em legítima defesa dos sofridos povos indígenas, são cada vez mais raras em nosso tempo. Durante as festas do cinqüentenário do descobrimento do Brasil , em 2000, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) decidiu que a Campanha da Fraternidade seria ecumência; o tema "Dignidade humana e paz " e o lema "Novo Milênio sem exclusões" abriram as portas para o amplo debate social sobre o índio brasileiro. Nas comemorações dos 500 anos do descobrimento das Américas, em 2002, o tema da Campanha foi mais contundente: "Povos indígenas - por uma terra sem males", uma justa e grata homenagem aos verdadeiros "proprietários" da terra chamada por eles de Pindorama.
Dia do Exército Brasileiro
O Exército Brasileiro nasceu com a própria nação e, desde então, vem participando da história do Brasil. Logo após o descobrimento, as terras brasileiras foram protegidas pela chamada Força Terrestre, constituída pelo povo, na luta pela sobrevivência, conquista e manutenção do seu território. Em pouco tempo, juntaram-se à Força tanto negros como índios, que, unidos aos brancos, expulsaram os invasores do nosso litoral. A partir da Batalha de Guararapes (1648), que as bases do Exército Nacional se estabeleceram e foram confirmadas a partir da Independência. Após 1822, a atuação do Exército Brasileiro foi decisiva para derrotar todas as tentativas de fragmentação territorial e social do país. Os colonizadores portugueses, sempre estiveram preocupados com a unificação do extenso território brasileiro. O Exército teve grande importância na manutenção dessa união, primeiro com a expansão territorial obtida com as Entradas e Bandeiras, depois com a atuação do Duque de Caxias. Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, grande militar e estadista brasileiro, foi titulado Cadete de 1a classe quando tinha apenas 5 anos de idade. Em 1823, teve seu batismo de fogo na Bahia, pois participou da campanha para o reconhecimento português da Independência do Brasil, da qual saiu vitorioso. Depois vieram outras vitórias: Campanha da Cisplatina, Balaiada, Guerra dos Farrapos e Guerra da Tríplice Aliança ou Guerra do Paraguai. O Duque de Caxias faleceu no Rio de Janeiro, em 1880. Foi declarado Patrono do Exército Brasileiro, e o dia do seu nascimento, 25 de agosto, foi escolhido como o Dia do Soldado (veja p.472). O Exército Brasileiro esteve presente de forma insubstituível na proclamação da República, ao lado do Marechal Deodoro. Naquele período particularmente conturbado, os militares desempenharam papel de moderação, idêntico ao exercido pelo imperador na monarquia, garantindo a sobrevivência das instituições. No período pós-República, o Exército voltou a contribuir para a interligação do interior brasileiro. Ao prosseguir com o trabalho iniciado pelas Entradas e Bandeiras, o Exército conquistou definitivamente o sertão, por meio do Marechal Rondon, cujo trabalho interligou os sertões aos grandes centros, com levantamento de novas linhas telegráficas, abertura de estradas e construção de postos avançados. Além disso, Rondon foi de extrema importância no contato com os índios, ao organizar e dirigir o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), em 1910, transformado em 1967 na Fundação Nacional do Índio (FUNAI). Ver também Dia do Índio (p.162), Dia das Comunicações (p.209) e Dia de Rondon (p.210). O Exército Brasileiro também teve uma efetiva presença externa, não só na Guerra do Paraguai, como também na Segunda Guerra Mundial, em 1944, quando declarou guerra às potências do Eixo, em represália ao torpedeamento de embarcações brasileiras por parte dos alemães. O presidente Getúlio Vargas criou, então a Força Expedicionária Brasileira, (FEB), que adotou o lema "A cobra está fumando", em razão de haver muitas pessoas, naquela época, que diziam ser mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra. A FEB foi enviada a Itália para unir-se ao exército americano, contra os alemães. Sua atuação eficiente culminou na tomada do Forte de Monte Castelo, abrindo caminho para as tropas aliadas. A partir da década de 1960, houve grandes transformações, no Exército, haja vista não só os equipamentos e armamentos projetados e fabricados pelas indústrias nacionais, como também a renovação efetuada no sistema de instrução e a reestruturação das atuais divisões de Exército e brigadas, combinações de tropas mais leves e flexíveis, mais adequadas ao ambiente operacional brasileiro. Caxias, o Patrono do Exército com certeza teria orgulho dessa instituição que cumpre, com galhardia e heroísmo o dever de preservar a soberania e a integridade do Brasil.

História dos Santos - 19/Abril = Santo Expedito


19 de abril


Santo Expedito

Expedito, era chefe da 12a Legião romana, então estabelecida em Melitene, sede de uma das províncias romanas da Armênia. Ocupava esse alto posto porque o imperador Diocleciano tinha-se mostrado, no começo de seu reinado, favorável aos cristãos, confiando-lhes postos importantes na administração e no exército.

Essa legião era conhecida como a "Fulminante", nome que lhe havia sido dado em memória de uma façanha que se tornou célebre. Foi sob Marco Aurélio, durante a campanha da Alemanha. O imperador, estabelecido em um campo fortificado, na região dos Quades, isto é, na atual Hungria, se havia deixado cercar pelos bárbaros. Era pleno verão.

A água faltava e a 12a Legião, recrutada, era em grande parte cristã. Seus soldados se reuniram fora do campo, ajoelharam e oraram, como oram os cristãos. Depois, retomaram logo a ofensiva, mas, mal tinham começado, uma chuva abundante se pôs a cair, e fez recuar os inimigos. Subitamente, os raios e o granizo caíram sobre o exército inimigo com tal violência, que os soldados debandaram em pânico indescritível. O exército romano estava salvo e vencedor.

Como se vê, santo Expedito estava à testa de uma das mais gloriosas legiões romanas, encarregada de guardar as fronteiras orientais contra os ataques dos bárbaros asiáticos. Mas a história da Igreja é bastante pobre em detalhes sobre a vida de seus chefes que se distinguiram no comando pelas virtudes de cristãos e de lealdade à causa por que lutavam, como exemplo das mais belas virtudes.

"Expedito" ficou sendo o nome do chefe, apelido dado por exprimir perfeitamente o traço dominante de seu caráter: a presteza e a prontidão com que agia e se portava, então, no cumprimento de seu dever de estado e, também, na defesa da religião que professava. Era assim que os romanos davam, freqüentemente, a certas pessoas um apelido, o qual designava um traço de seu caráter.

Desse modo, Expedito designa, para nós, o chefe da 12a Legião romana, martirizado com seus companheiros em Melitene, no dia 19 de abril de 303, sob as ordens do imperador Diocleciano. Seu nome, qualquer que seja a origem de sua significação, é suficiente para ser reconhecido no mundo cristão, pois condiz, com a generosidade e com o ardor de seu caráter, que fizeram desse militar um mártir.

Desde seu martírio, Expedito tem se revelado um santo que continua atraindo devotos em todo o mundo. Além de padroeiro das causas urgentes, santo Expedito também é conhecido como padroeiro dos militares, dos estudantes e dos viajantes. Ele era militar e, se já não bastasse a tradição que envolve o seu nome, temos a da sua conversão. Conta-se que, assim que resolveu se converter, uma tentação se manifestou em forma de corvo. O animal gritava "Crás! Crás!", que significa, em latim, "Amanhã! Amanhã!". O que se esperava era que ele adiasse o batismo, mas Expedito teria pisoteado o corvo e gritado: "Hodie! Hodie!", ou seja, "Hoje! Hoje!". E assim agiu.

depois de muito tempo.....